terça-feira, 12 de fevereiro de 2008

Tudo que eu queria te mostrar

Qualquer lugar
É melhor do que aqui
Quero lutar
E nunca desistir
Mas quero mudar
Quem sabe fugir
Quem vai me mostrar
Para aonde eu devo ir

Mas eu vi você
andando pôr ai
Sozinha, largada,
mas olhou para mim
Me mostrou um sorriso
Aquele sorriso
Que me conqu7istou
Me tirou o juízo
Me mostrou um sorriso
Aquele sorriso
E agora eu vou

Mas você me ensinou
A nunca desistir
Quem sabe um dia
Eu vou conseguir

E aqueles sonhos
Que um dia eu escrevi
Fizeram de mim
Um homem mais feliz

Porque eu consegui
Realizar
Tudo o que eu
Queria mostrar
E eu vou
Agora eu vou
Com, você pro infinito
E eu vou
Agora eu vou
Para onde os homens procuram
A felicidade

Um dia

quinta-feira, 7 de fevereiro de 2008

A Roda Gigante

Quando criança ia passar férias na casa de minha queria avó, lá no interior. Aos finais das tardes, principalmente aos domingos ela me levava pra tomar um sorvete na pracinha da cidade. Como toda criança, eu ficava maravilhada com o grandioso parque de diversões formado nas proximidades da igreja Matriz. Queria brincar em todos os brinquedos. Meus olhos brilhavam e ficava ansiosa para poder me divertir ao máximo. Os tempos eram melhores do que os de hoje, mas mesmo assim a grana não era muita e eu sempre escolhia a roda gigante. Minha vó ficava super preocupada com medo que acontecesse alguma coisa, que eu caísse lá de cima ou algo parecido, mas o que eu queria mesmo era estar lá do alto. Às vezes ela deixava, as vezes não – o que me fazia ficar chateada por alguns instantes. Lembro-me que quando ela deixava eu não me importava em passar o tempo que fosse para poder ficar sentadinha e aproveitar o “passeio”. Bons tempos aqueles. A verdade é que fui crescendo e algumas coisas foram perdendo a graça, perdendo o tesão e eu já não mais queria andar na roda gigante. É engraçada como as coisas na nossa vida acontecem, um dia desses vi uma grande roda gigante e fiquei alguns por alguns minutos apenas observando. Como ele parece girar com uma grande imponência, como alguns tem medo de subir, enquanto outros estampam um imenso sorriso no rosto – o qual eu já conheço – por terem a dádiva dee estarem ali.
Pensei então que do que é a vida senão uma grande roda gigante, que hora estamos lá em cima e hora lá em baixo? De que do que seria a vida do que não um grande ciclo onde as coisas começam e acabam no mesmo ponto, assim como um grão que “morre, nasce trigo, vive e morre pão”. Do que seriamos nós, pobres mortais se não víssemos as coisas por outro ângulo, por outros ares? Se não respirássemos um ar diferente de vez em quando?
Hoje vejo que na verdade, o parque não era tão de grandioso, a roda gigante não era tão gigante assim, mas que simples coisas me ajudaram a ver o mundo de uma maneira diferente, mostrando que nem tudo é como pensamos ser ou pensamos ter visto, fazendo com que não me esqueça que a vida é um só, e mesmo que pareça bobo, faça aquilo que te fazes feliz, como quem sabe...andar numa roda gigante.