Quando ainda estava na época de colégio, ouvi uma historia que me deixou bastante curiosa e intrigada. Em uma das lendárias aulas de história, com aquele professor que tinha o habito de ficar andar de um lado para o outro, estávamos discutindo sobre a ditadura militar, quando aquele homem singelamente careca, ex-punk, que já apanhou dos skinheads, nos relata que – para a minha surpresa - certa vez estava em sua casa durante a ditadura tentando ficar informado, e eu friso o tentando, sobre o que estava acontecendo e inconformado com tudo que a caixa mágica retangular estava introduzindo covardemente em sua massa cefálica, jogou tal aparelho pela janela em um ato extremo de revolta. Por alguns instantes, ficamos todos calados, mudos, paralisados, mas após esse momento de choque achamos que tudo isso não passava de uma grande balela, entretanto o tal professor continuava afirmando a veracidade do seu conto. Do dia daquela história até hoje se passaram alguns anos e só agora eu começo a acreditar que tudo aquilo pode realmente ser muito mais que uma mera ficção.
Há alguns dias atrás estive pensando algo que “volta e meia” me pego pensando, como a caixa mágica retangular nos deixa ociosos, preguiçosos, toma um tempo imenso do nosso dia-a-dia, nos prende e em algumas pessoas escraviza-as? Estava pensando também que há algum tempo, as famílias se reuniam à mesa para conversarem sobre o dia, o que cada um fez e essas coisas que só ajudam no relacionamento entre as pessoas, já hoje as famílias sentam ao redor de uma mesma televisão - isso é quando sentam, pois provavelmente cada membro da família tem a sua em seu quarto – e ficam calados engolindo tudo que a mesma vomita.
Dentre as matérias que estudo na faculdade, ou cadeiras como se fala em outras regiões do Brasil, existe uma na qual discutimos a realidade brasileira, o seu historio, a mídia, o poder coorporativo, entre tantos outros assuntos um tanto quanto polêmicos. Em uma dessas aulas falamos sobre a manipulação da mídia, os seus padrões de ocultação, fragmentação, inversão e indução e toda essa explanação feita pela professora só fez comprovar ainda mais minha tese.
Como posso ficar recebendo informações de um aparelho que tem o principio e objetivo de aumentar o faturamento de sua empresa, ao em vez de informar sobre o que está acontecendo? Como posso confiar em órgãos que não cumprem com a verdade, que quando acontece um acidente são extremamente sensacionalistas mostrando detalhes do fato, depoimentos de pessoas sofrendo e por fim depoimento de autoridades, as quais inibem a ação comunitária, apenas para reter um público? Como acreditar em um aparelho que não passa valores e cultura aos seus telespectadores e sim inutilidades na maior parte do seu tempo? Concordo que todos nos precisamos ver “besteira” para aliviar o nosso sofrimento diário, mas isso em maior parte do tempo?
Há alguns dias atrás estive pensando algo que “volta e meia” me pego pensando, como a caixa mágica retangular nos deixa ociosos, preguiçosos, toma um tempo imenso do nosso dia-a-dia, nos prende e em algumas pessoas escraviza-as? Estava pensando também que há algum tempo, as famílias se reuniam à mesa para conversarem sobre o dia, o que cada um fez e essas coisas que só ajudam no relacionamento entre as pessoas, já hoje as famílias sentam ao redor de uma mesma televisão - isso é quando sentam, pois provavelmente cada membro da família tem a sua em seu quarto – e ficam calados engolindo tudo que a mesma vomita.
Dentre as matérias que estudo na faculdade, ou cadeiras como se fala em outras regiões do Brasil, existe uma na qual discutimos a realidade brasileira, o seu historio, a mídia, o poder coorporativo, entre tantos outros assuntos um tanto quanto polêmicos. Em uma dessas aulas falamos sobre a manipulação da mídia, os seus padrões de ocultação, fragmentação, inversão e indução e toda essa explanação feita pela professora só fez comprovar ainda mais minha tese.
Como posso ficar recebendo informações de um aparelho que tem o principio e objetivo de aumentar o faturamento de sua empresa, ao em vez de informar sobre o que está acontecendo? Como posso confiar em órgãos que não cumprem com a verdade, que quando acontece um acidente são extremamente sensacionalistas mostrando detalhes do fato, depoimentos de pessoas sofrendo e por fim depoimento de autoridades, as quais inibem a ação comunitária, apenas para reter um público? Como acreditar em um aparelho que não passa valores e cultura aos seus telespectadores e sim inutilidades na maior parte do seu tempo? Concordo que todos nos precisamos ver “besteira” para aliviar o nosso sofrimento diário, mas isso em maior parte do tempo?
“Agora eu olho para a tv, só quero ver o que ela vai dizer, suas informações fragmentadas, palavras soltas, imaginarias”.
O engraçado dessa história é que eles também mostram que “homens de paletó são incontestáveis”. Às vezes prefiro imaginar que tais ações de manipulação são na verdade a ilusão de acreditar que o povo é burro – o que tem alguma lógica - e acredita em tudo que vê sem questionar nada. De certa forma, essa lógica por parte deles está até certa, pois temos um povo que não lê, que não estuda, que não desenvolve a consciência critica e que o que vê superficialmente não tem interesse de aprofundar, fazendo com que os homens de paletó façam o que bem quiserem.
Todos dizem que somos livres, e acredito que esse pensamento venha da idéia de não termos mis senhores nos comandando e muito menos algemas em nossos braços. Porém o que parece que poucos percebem é que nossa liberdade ainda nos é agredida, ainda nos é roubada. Não temos nossa liberdade de escolha, de opinião, de idéias completamente nossas. E até mesmo aqueles que acham que esse texto não os interessa por serem de esquerda, liberais, cabeças abertas ou qualquer outro segmento que fuja do habitual, lembre-se, essa idéia, essa ideologia também é passada para você pela mídia (ou por uma parte dela). Ela também quer que você seja dessa maneira, pois isso a alimentam e muitas vezes a solidifica.
Imagino que a melhor a maneira de não entrar nesta roda furiosa, é na verdade não participar dela. Agora acredito e compartilho da idéia do meu querido professor de história. Quero ler mais, escrever mais, produzir mais, conhecer novos lugares, novas pessoas, ver a paisagem que está ao meu redor, andar de bicicleta, jogar gude, empinar arraia, brincar de boneca, pega-pega, esconde-esconde, policia e ladrão, admirar o por do sol e tantas outras coisas que esquecemos de fazer. Não quero mais ficar deformando o estofado o sofá da minha casa. A solução enfim, é jogar a caixa mágica retangular pela janela, escada, pela varanda, etc e ver ela lentamente caindo através da ação gravitacional já explicada por Nilton e se espatifando no chão, vendo suas peças pouco a pouco se espalhando por um raio que pode ser calculado com a altura e o peso do equipamento, e assim voltar a viver.
Alias...é exatamente o que eu vou fazer agora!
Todos dizem que somos livres, e acredito que esse pensamento venha da idéia de não termos mis senhores nos comandando e muito menos algemas em nossos braços. Porém o que parece que poucos percebem é que nossa liberdade ainda nos é agredida, ainda nos é roubada. Não temos nossa liberdade de escolha, de opinião, de idéias completamente nossas. E até mesmo aqueles que acham que esse texto não os interessa por serem de esquerda, liberais, cabeças abertas ou qualquer outro segmento que fuja do habitual, lembre-se, essa idéia, essa ideologia também é passada para você pela mídia (ou por uma parte dela). Ela também quer que você seja dessa maneira, pois isso a alimentam e muitas vezes a solidifica.
Imagino que a melhor a maneira de não entrar nesta roda furiosa, é na verdade não participar dela. Agora acredito e compartilho da idéia do meu querido professor de história. Quero ler mais, escrever mais, produzir mais, conhecer novos lugares, novas pessoas, ver a paisagem que está ao meu redor, andar de bicicleta, jogar gude, empinar arraia, brincar de boneca, pega-pega, esconde-esconde, policia e ladrão, admirar o por do sol e tantas outras coisas que esquecemos de fazer. Não quero mais ficar deformando o estofado o sofá da minha casa. A solução enfim, é jogar a caixa mágica retangular pela janela, escada, pela varanda, etc e ver ela lentamente caindo através da ação gravitacional já explicada por Nilton e se espatifando no chão, vendo suas peças pouco a pouco se espalhando por um raio que pode ser calculado com a altura e o peso do equipamento, e assim voltar a viver.
Alias...é exatamente o que eu vou fazer agora!